Esclerose Lateral Amiotrófica → Descubra Como se Prevenir!

Olá, aqui é o Dr. Rocha mais uma vez. Tudo bem com vocês? Hoje estou aqui para conversarmos sobre um problema de saúde que é temido e gera uma série de questionamentos. Estou falando da Esclerose Lateral Amiotrófica.

 

Você Sabe o que é a Esclerose Lateral Amiotrófica?

Também conhecida e chamada por sua sigla, ELA, a Esclerose Lateral Amiotrófica se trata de uma doença que acomete o sistema nervoso. Se espalha de modo degenerativo, logo causa fraqueza da musculatura de maneira progressiva.

Nesse problema de saúde as células do sistema nervoso morrem lentamente. Isso incapacita a passagem de estímulos nervosos, ocasionando a fraqueza em todos os músculos do corpo.

Um dos portadores mais famosos da EL foi Stephen Hawking, que faleceu recentemente. A ELA é uma doença muito rara.

Como os Sintomas Progridem

Essa doença se desenvolve de maneira lenta. No início os indivíduos sentem cãibras localizadas que evoluem de modo lento e frequente pelos membros. Aos poucos a fraqueza progressiva toma conta de pernas e braços e se estendem às mãos, pés e pescoço.

Os sinais clássicos, apresentados pelos portadores são:

• Fraqueza progressiva que se espalha por todo o corpo;
• Quedas sem explicações;
• Tropeços e dificuldades para andar;
• Alterações de fala específicas, como mudança do tom da voz, ou fala arrastada;
• Dificuldades para engolir;
• Dificuldades para manter a postura;
• Dificuldade para sustentar o peso da cabeça.

Os sintomas podem demorar semanas, meses ou até mesmo anos para evoluir. Com o avanço da doença, os músculos vão perdendo tonificação e a musculatura vai se tornando mais fraca e atrofiada.

Por conta disso, os enfermos normalmente perdem peso devido ao catabolismo muscular. Engolir, mastigar e até mesmo respirar se tornam atos difíceis de serem praticados.

Raciocínio e Alguns Controles Fisiológicos não Afetados

Embora afete o sistema nervoso, a pessoa perde a força dos músculos. Porém a pessoa afetada pela ELA tem plena consciência de seu estado de saúde e o que acontece ao seu redor, a doença não afeta a inteligência, tampouco o raciocínio.

Outro fato curioso é que pacientes acometidos pela doença consegue controlar as funções de urina e fezes. Isso traz um pouco de qualidade de vida aos enfermos, uma vez que não precisam fazer uso de dispositivos de higiene.

Causas da ELA

Infelizmente, médicos ainda não sabem a real causa da doença. Muitas vezes a Esclerose Lateral Amiotrófica aparece de maneira esporádica sem alardes, sem uma causa conclusiva.

Neurônios podem morrer por conta de uma série de fatores. Os principais são: disfunções, processos oxidativos causado por radicais livres, alterações de proteínas, apoptose (processo de morte celular programada) e alterações mitocondriais.

Em alguns casos raros, testes genéticos conseguem correlacionar o surgimento da doença a problemas nos genes.

Fatores de Riscos

A exemplo de outras doenças, a Esclerose Lateral Amiotrófica possui fatores de risco. Os mais comuns são:

• Idade – a doença, normalmente surge entre os 40 e 60 anos de idade;
• Hereditariedade – filhos de portadores da ELA possuem 50% de chance de desenvolverem a doença;
• Estilo de vida: Tabagismo, sedentarismo, má alimentação e consumo de álcool propiciam processos oxidativos que podem facilitar a ocorrência do problema de saúde;
• Sexo – até os 60 anos de idade os homens são mais afetados pela ELA.

Como é Feito o Diagnóstico?

Esse diagnóstico é difícil… Isso por conta de sua progressão lenta e por seus sintomas serem semelhantes a outras doenças neurológicas como a esclerose múltipla.

Por ser uma doença rara, neurologistas tendem a excluir a ELA quando pacientes apresentam seus sintomas.

Infelizmente, não existe um teste ou exame específico que sirva para diagnosticar esse problema de saúde. Por conta disso, o neurologista solicita uma bateria de exames até que, através de exclusões, chegue-se ao diagnóstico da doença.

É comum que prováveis portadores da ELA sejam submetidos aos seguintes exames:

• Exames laboratoriais de sangue e urina: para verificação de alterações hormonais, presença de anticorpos ou doenças auto-imunes;
• Eletroneuromiografia: para avaliar a origem da fraqueza muscular. Esse exame avalia a passagem de estímulos elétricos pelos músculos. É comum que esse exame seja repetido de duas a três vezes para confirmação do diagnóstico;
• Ressonância magnética: para descartar problemas de compreensão de nervos que podem impedir a passagem de estímulos para a musculatura;
• Estudo de condução nervosa: Esse tipo de exame visa medir a capacidade dos nervos em enviar sinais elétricos pela medula espinhal até os músculos.
• Biópsia muscular: tem como objetivo, definir se a fraqueza muscular é um problema localizado ou se tem origem em neurônios defeituosos.

 

Tratamento

Infelizmente essa doença não possui cura. Ela avança de maneira lenta, até que o paciente vá a óbito.

No entanto, há um medicamento e uma série de terapias capazes de inibir o avanço da doença e propiciar mais qualidade de vida às pessoas acometidas por essa condição de saúde.

Riluzol

O Riluzol atualmente é o medicamento mais indicado para os portadores da esclerose lateral amiotrófica. Ele é disponibilizado pelo SUS – Sistema Único de Saúde. O Riluzol é capaz de inibir o avanço da doença, trazendo mais conforto e qualidade de vida aos enfermos acometidos pela ELA.

Tratamentos alternativos

Os tratamentos alternativos disponíveis hoje possuem como objetivo tornar a vida dos pacientes menos difícil.

Dentre os principais estão:

• Fisioterapia – visa estimular musculatura e potencializar o fluxo sanguíneo, diminuindo as chances de formação de feridas;
• Fonoaudiologia – tem como intuito ajudar no processo de deglutição e manter a fala do portador da doença, mais clara possível;
• Nutrição – visa desacelerar o catabolismo e potencializar o funcionamento cerebral, através de uma alimentação adequada e saudável;
• Terapia ocupacional – auxilia que o enfermo e toda a família se reabilitem, trazendo soluções práticas para a rotina de famílias que possuem indivíduos acometidos pela doença.

Paciência, amor e carinho de amigos e familiares são fundamentais para enfrentar essa situação.

É válido ressaltar que há uma série de estudos com células troncos sendo conduzidos ao redor do mundo.

Por conta disso, pesquisadores acreditam que, em um futuro próximo, será possível trazer novas alternativas de tratamento aos portadores da Esclerose Lateral Amiotrófica.

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Bom, agora que você já sabe tudo sobre ELA, não guarde o conhecimento apenas para você. Divulgue a medicina verdadeira, compartilhe esse artigo em suas redes sociais.

Vamos espalhar saúde juntos! Combinado?

Eu vou ficando por aqui.

Me despeço desejando muito amor e sorte.

Um forte abraço e até o próximo artigo.

Dr. Rocha