Entenda Melhor As Mudanças Nas Taxas De “Colesterol Ruim”

Essa semana foi anunciado que a Sociedade Brasileira de Cardiologia realizou mudanças nos valores de referência do exame de lipidograma, o qual é composto pelos valores de colesterol total, LDL, HDL, triglicérides, VLDL e colesterol-não HDL.

Alguns destes parâmetros citados foram alterados com objetivo de diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Mas será que essa mudança realmente ajuda na prevenção? Será que esses parâmetros realmente são marcadores de risco para doenças do coração?

Antes de responder a estas perguntas, vamos entender melhor esta mudança. A Sociedade Brasileira de Cardiologia decidiu que pessoas com risco altíssimo de ataques cardíacos devem manter os níveis de colesterol LDL (o “ruim”) abaixo de 50 mg/dl. A Sociedade ainda define como risco altíssimo aquelas pessoas que já sofreram por algum episódio de infarto ou derrame.

Mas não foi apenas o colesterol LDL que sofreu mudanças, outros parâmetros também. O colesterol total, por exemplo, antes o valor desejável era abaixo de 200 mg/dl e passou para menor que 190 mg/dl. Já o HDL, tido como colesterol bom, passou de 50 mg/dl para 40 mg/dl. Além disso, agora não se faz mais necessário realizar um jejum de 12 horas para fazer o exame.

E para quem me acompanha a mais tempo, eu já expliquei no blog sobre o colesterol. Mas para falar de forma breve e simplificada, o colesterol total não é e nem pode ser considerado parâmetro de risco de doenças cardíacas. Assim também o colesterol LDL não pode ser simplesmente considerado o colesterol ruim. Isso porque trata-se de algo muito mais complexo.

O colesterol LDL é um transportador como qualquer outro, e ele só apresenta risco para saúde quando está em sua forma oxidada. Mas como fazer para saber isso?

O grande problema é que estão usando parâmetros equivocados. O que de fato apresenta risco para saúde são os triglicerídeos, parâmetro este que nem sequer foi alterado ou revisado. Também já falei sobre este tipo de gordura perigosa aqui no blog. Esta gordura é extremamente prejudicial à saúde, pois ela é proveniente de uma dieta rica em carboidratos refinados.

Os médicos ainda alegam que mudanças na alimentação devem ser feitas para diminuir os níveis de colesterol. Mas infelizmente, além de estarem visando o parâmetro errado, a conduta alimentar indicada também está desatualizada: evitar gorduras saturadas.

Neste blog também já falei sobre gorduras saturadas e o quanto elas são benéficas para sua saúde. São gorduras que estão presentes de forma natural nos alimentos e que na realidade protegem o coração.

Bem, não precisa se descabelar e ficar preocupado em ter que tomar mais remédio ou continuar eliminando todas as gorduras da dieta. Na verdade, esse é um grande equívoco, justamente porque como você viu existe o colesterol bom e o ruim. Tirar todas as gorduras e tomar remédios vai acabar reduzindo até o bom colesterol.

Mas dr. Rocha, o que eu vou fazer então? Simples, separar os alimentos dos ruins. Existem gorduras que são boas para a saúde, como a gordura saturada presente nas carnes. Já as gorduras usadas em frituras, como o óleo de soja e a gordura trans, presentes em alimentos industrializados, são terríveis para a saúde.

Aprenda a focar na alimentação saudável. Pode parecer difícil no início, principalmente para se adaptar, mas para ajudar você, eu tenho disponível na internet o portal Dr. Rocha com Você. Nesse portal você tem dicas valiosas sobre alimentação saudável e um passo a passo completo para blindar o seu corpo de várias doenças e ainda resolver os seus problemas com o colesterol.

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Eu vou ficando por aqui. Deixe seu comentário ou dúvidas e compartilhe este artigo para que mais pessoas possam ter acesso à informação correta!

Um forte abraço,

Dr. Rocha.