Olá, aqui é o Dr. Rocha mais uma vez. No artigo de hoje quero compartilhar com vocês uma série de informações importantes sobre uma doença crônica chamada de Esclerose Múltipla.

Afinal, o que é a Esclerose Múltipla?

A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune que afeta diretamente o sistema nervoso central. O termo autoimune significa um erro no organismo, em que o sistema imunológico confunde células saudáveis como intrusas e as atacam. Isso provoca uma série de lesões.

O sistema nervoso central é composto pelo cérebro, nervos ópticos e medula espinha. O sistema imunológico das pessoas afetadas pela doença ataca a camada protetora dos nervos, que recebe o nome de bainha de mielina.

Os danos à bainha de mielina são muitoprejudiciais à saúde. Com a bainha danificada, a comunicação entre cérebro, medula e outras áreas do sistema nervoso central fica comprometida.

Essa condição resulta na deterioração dos nervos causando um processo irreversível. Com o passar do tempo, a degeneração provocada por essa doença vai causando lesões ao sistema nervoso central, o que gera atrofia muscular e até mesmo perda de massa cerebral.

Mais de dois milhões de pessoas no mundo são atingidas por essa doença. Infelizmente a Esclerose Múltipla não tem cura, mas os tratamentos ajudam a controlar os sintomas e também impedem o avanço da degeneração da saúde do paciente.

Causas Podem Ser Variadas

Não existe ainda um consenso exato sobre as causas da Esclerose Múltipla. Existem dados sugestivos de que a genética, o ambiente em que o paciente vive e até mesmo a presença de vírus podem ser determinantes para o surgimento da doença.

Embora a causa exata seja desconhecida, a doença é estudada em todo o mundo. Devido à grande quantidade de pesquisas sobre a Esclerose Múltipla, a qualidade de vida dos pacientes é cada vez maior.

Sintomas são Peculiares

Os sintomas da Esclerose Múltipla são bastante peculiares. As manifestações dependem exclusivamente dos nervos que são afetados pela doença. Duas pessoas acometidas por esse problema de saúde podem apresentar sintomas diferentes.

Os principais sinais da doença são:

• Fadiga sem causa aparente;
• Formigamento em diferentes regiões do corpo;
• Falta de equilíbrio;
• Perda de força;
• Quedas;
• Espasmos musculares incontroláveis;
• Dificuldades cognitivas;
• Visão turva;
• Visão dupla;
• Dores crônicas;
• Incontinência urinária;
• Problemas sexuais.
• Queimação;
• Constipação intestinal;
• Tontura e vertigem;
• Menor sensibilidade ao toque;
• Fala arrastada e difícil de entender;
• Sentimentos de ansiedade e tristeza;
• Depressão.

Fatores de Risco

Existem alguns fatores de risco específicos para a instalação dessa doença. Listarei os principais a seguir.

Idade

A Esclerose Múltipla pode ocorrer em qualquer idade. Mas sua prevalência é maior nas pessoas com faixa etária entre 20 e 40 anos de idade.

Sexo

As mulheres são mais afetadas do que os homens. A cada três mulheres afetadas, apenas 1 homem é acometido pela doença.

Região geográfica

A incidência da Esclerose Múltipla é mais comum nos EUA, Canadá, norte da Europa e Nova Zelândia. Países do hemisfério sul apresentam números menores de casos da doença. A ciência ainda não conseguiu explicar o motivo disso.

Etnia

Africanos, americanos e asiáticos têm menores propensões de desenvolvimento da doença. Já descendentes diretos de europeus possuem risco elevado de desenvolvimento da Esclerose Múltipla.

Diagnóstico Não é Simples

O diagnóstico de Esclerose Múltipla é difícil de ser fechado. Isso ocorre pela grande variação e remissão de sintomas apresentados pelos pacientes.

Normalmente, os pacientes são submetidos à uma série de questionários. Além disso, baterias de exames físicos, de imagem e laboratoriais são utilizados para concluir se um paciente é ou não é portador da patologia.

Os principais critérios de diagnóstico são:

• Sinais que indicam doença cerebral ou medular;
• Evidências anormais em exames de ressonância magnética;
• Evidência objetiva de doença medular ou cerebral em exame médico físico;
• Presença de sintomas que perduraram por mais de 24 horas com um mês de intervalo entre si.

Diferentes maneiras de evolução da doença

A Esclerose Múltipla pode evoluir de duas maneiras. Remitente recorrente ou de maneira progressiva. Explicarei a diferença entre essas formas.

Remitente recorrente

Essa forma de evolução é a mais comum. Nela, os sintomas ocorrem sob a forma de surtos, com sintomas neurológicos que podem durar dias ou até mesmo semanas. Nesses casos, pode haver recuperação total ou parcial do paciente, seguindo um período de remissão.

Forma progressiva

Nessa forma de evolução, os sintomas neurológicos evoluem piorando gradativamente. Não há ocorrência de intervalos ou então remissões. Essa fase, normalmente ocorre após a remitente recorrente, por isso recebe o nome de progressiva.

Quando o paciente está na forma progressiva da doença, os tratamentos visam fornecer qualidade de vida.

Tratamentos Variados

Existem variados tipos de tratamento recomendados para os portadores de Esclerose Múltipla. Na maioria das vezes, o tratamento medicamentoso é o mais indicado, mas em casos bastante específicos, o transplante de medula óssea também pode ser recomendado.

Medicamentos

Existem uma gama de medicamentos que podem ser utilizados por pacientes da esclerose múltipla. Os mais comuns são imunomoduladores e imunossupressores, além dos anticorpos monoclonais.

Esses medicamentos têm objetivos de combater o surgimento de leões no sistema nervoso, impedir a ocorrência de surtos, evitar o acúmulo de sequelas e diminuir o avanço da doença.

Transplante de Medula

Os transplantes de medula visam diminuir os surtos. Através da transferência de plasma sanguíneo, os pacientes têm os surtos estacionados. Entretanto, a doença continua a evoluir.

Terapias de alívio

Terapias de alívio também são recomendadas como parte do tratamento. Massagens, sessões de acupuntura e fisioterapia aliviam os sintomas apresentados pelos portadores das doenças. Isso proporciona mais qualidade de vida.

Tratamentos em estudo

Existem ainda alguns tratamentos em estudo. Eles parecem ser bastante promissores e contam principalmente com a utilização de vitamina D e células tronco. Eles são a esperança de muitos pacientes.

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Se você ainda possui alguma dúvida sobre Esclerose Múltipla, deixe um comentário. Seu questionamento será respondido.

Eu vou ficando por aqui.

Me despeço desejando paz, amor e muita sorte.

Grande abraço e até breve.

Dr. Rocha