Síndrome da Má Identificação Delirante → Saiba Tudo Hoje!

Olá, aqui é o Dr. Rocha mais uma vez. Hoje venho até vocês com a intenção de trazer muitas informações sobre um problema desconhecido… Estou me referindo à Síndrome da Má Identificação Delirante.

O que é?

Trata-se de uma situação de saúde causada por problemas na região direita do cérebro. Essa área cerebral é diretamente responsável pela percepção e por experiências, pelas quais as pessoas acometidas por esse tipo de problema já passaram.

Normalmente, os portadores dessa síndrome não são capazes de se reconhecer em frente ao espelho. Isso faz com que tenham ilusões de que estão vendo outra pessoa.

Esse distúrbio é considerado por neurologistas e psiquiatras como um delírio monotemático. Ou seja, seu portador possui uma ilusão que se resume a si próprio, não afetando sua percepção sobre outras pessoas, coisas ou situações.

Quais são as Causas?

Por ser uma síndrome rara, os estudos sobre ela são igualmente raros. No entanto, médicos neurologistas afirmam que as principais causas desse distúrbio são:

• Ocorrência anterior de AVC;
• Traumatismo crânio-encefálico;
• Doenças neurológicas – como Alzheimer, Parkinson e até mesmo a famosa doença de Huntington.

Quais são os Principais Sintomas?

Essa síndrome não possui uma grande variedade de sintomas. Os sinais mais clássicos são:

• Ausência de auto-identificação no reflexo do espelho;
• Pensamentos distorcidos da realidade;
• Agitação e confusão ao se olhar no espelho e não se conhecer.

Por ser um distúrbio de ordem cerebral, é bem comum que a Síndrome da Má Identificação Delirante possa desencadear outros problemas neurológicos.

Relatos demonstram que pacientes diagnosticados com esse problema de saúde são mais suscetíveis ao desenvolvimento de esquizofrenia.

Diagnóstico é Simples

O diagnóstico desse tipo de distúrbio é feito basicamente através de entrevista conduzida por um psiquiatra.

Nessa entrevista, o paciente comumente está acompanhado de um parente, amigo ou cônjuge. O acompanhante conta ao médico sobre os sintomas característicos apresentados pelo paciente.

É comum que o médico coloque o paciente em frente a um espelho. Nesse momento, caso o enfermo não se reconheça, é confirmado o diagnóstico.

Muitas vezes, visando encontrar algum tipo de alteração fisiológica, o médico pode pedir os seguintes exames:

• Ressonância magnética ou tomografia cerebral;
• Exames de sangue;
• Exames de urina.

Os exames de imagem têm como objetivo descartar qualquer tipo de alteração cerebral do paciente. Já os exames laboratoriais de sangue e urina são utilizados para buscar vestígios de drogas que podem alterar a percepção e funcionamento do cérebro.

Tratamento é Paliativo

A síndrome da má identificação não tem cura. E isso é importante de ser dito à família dos pacientes diagnosticados com ela.

No entanto, alguns tratamentos paliativos podem trazer mais qualidade de vida aos doentes e seus familiares.

Dentre os tratamentos mais utilizados estão:

• Internações;
• Uso de medicamentos;
• Sessões de terapia.

Falarei sobre cada forma de tratamento de modo resumido.

Internações

As internações de pacientes com a síndrome da má identificação delirante são feitas em clínicas neurológicas especializadas.

Durante o período de internação, o portador da síndrome é submetido a uma série de sessões terapêuticas e uso de drogas.

Essa parte do tratamento é importante para que haja esclarecimento clínico e também compensação psicopatológica. Isso traz benefícios à saúde mental de quem foi acometido pelo distúrbio.

Uso de medicamentos

O uso de medicamentos é uma prática bastante comum nos casos de Síndrome da Má Identificação Delirante. Dentre as drogas mais utilizadas para o controle da patologia estão as benzodiazepínicas.

Esse tipo de fármaco possui propriedades específicas, sendo capazes de trazer inibições a algumas áreas do Sistema Nervoso Central. Isso diminui a geração e estímulos nervosos, causando ação de relaxamento muscular, leve sedação e um efeito tranquilizante.

Lorazepam, Olanzapina, rosuvastatina e haloperidol são os medicamentos mais utilizados para o tratamento dessa condição de saúde.

Sessões de terapia

Após diagnóstico, as sessões de terapia serão rotineiras na vida de um paciente diagnosticado com esse tipo de problema. Em sessões com psiquiatras ou psicólogos, o portador da síndrome terá seu estado mental controlado.

Essas sessões visam proporcionar qualidade de vida ao enfermo e a todas as pessoas ao seu redor.

Por se tratar de uma doença cerebral, é importante ressaltar que o paciente pode sofrer recaídas fisiológicas. Por conta disso, internações podem ser recorrentes.

Síndrome da Má Identificação Delirante x Delírio

Devido aos sintomas iniciais, é relativamente comum que a essa síndrome seja confundida com o delírio.

Pessoas com delírio sofrem com perturbações graves em sua capacidade mental, resultando em diminuição do estado consciente e surgimento de pensamentos confusos.

Durante os episódios de delírio, o paciente não está ciente do local onde está tampouco pode se auto-reconhecer. Assim, pode agir de modo totalmente inesperado. Por conta disso, pode ocorrer a confusão no diagnóstico.

Embora o delírio e a Síndrome da Má Identificação Delirante possam coexistir, trata-se de condições de saúde diferentes.

Agora você pode estar se perguntando: Dr. Rocha, como é possível diferenciar Síndrome da Má Identificação Delirante de Delírio?

Alguns sinais podem auxiliar na diferenciação.

As crises de delírio, embora possam ocorrer de forma que o paciente não se reconheça, também acontecem de outras maneiras. 

Ou seja, o paciente pode não reconhecer o lugar onde está e até mesmo outras pessoas. Isso é algo que não ocorre na Síndrome da Má Identificação Delirante.

Outro sinal que diferencia essas duas patologias é a idade do paciente. Normalmente o delírio ocorre em pacientes com mais idade, enquanto que a síndrome pode acometer pessoas de todas as idades.

Por isso, o diagnóstico é preciso e o apoio de amigos, parentes e familiares é muito importante para os pacientes que são portadores dessa rara síndrome.

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Vamos espalhar saúde juntos!

Eu vou ficando por aqui.

Me despeço desejando paz, amor, felicidade e muita sorte.

Forte abraço e até breve.

Dr. Rocha