Compulsão Alimentar → Saiba como combater esse Distúrbio!

Olá, aqui é o Dr. Rocha quem fala mais uma vez. No artigo de hoje, trago uma série de informações sobre um distúrbio ligado a alimentação que ganha cada vez mais os holofotes da mídia e consultórios de médicos e nutricionistas: a compulsão alimentar.

Compulsão Alimentar, o Que é?

A compulsão alimentar é um transtorno que possui origem psicológica/psiquiátrica. Pessoas que são afetadas ou desenvolvem o distúrbio, sentem grandes necessidades de comer, mesmo quando não sentem fome.

Pessoas que sofrem com o distúrbio, comem uma quantidade muito grande de alimento em um curto espaço de tempo. É comum, que indivíduos afetados pelo problema, comam sem controle algum.

Há relatos de pacientes que chegaram até mesmo a buscar alimentos no lixo, devido ao grande desejo de comer.

Outros Transtornos Alimentares

É importante lembrar, que a compulsão alimentar é apenas mais um dentre tantos outros problemas diretamente relacionados a alimentação.

Outros transtornos alimentares amplamente conhecidos e debatidos são:

• Ortorexia nervosa;
• Bulimia nervosa;
• Anorexia.

Sintomas 

Sempre que falo sobre alguma patologia ou distúrbio voltados aos alimentos, minhas alunas ficam curiosas. Dessa vez o questionamento feito foi: Dr. Rocha, quais são os sintomas de compulsão alimentar?

A compulsão alimentar, é um problema de saúde, que possui características clássicas. Seus principais sinais são:

• Comer em velocidade rápida;
• Comer quando não sente fome;
• Continuar a se alimentar mesmo saciado;
• Comer sozinho;
• Comer escondido;
• Sentir-se culpado ou triste após ter ingerido grandes quantidades de comida.

Causas

A compulsão alimentar pode ter muitas causas. A pessoa começa a se alimentar de maneira compulsiva por conta dos seguintes fatores:

• Alterações genéticas;
• Pressão social;
• Estresse e ansiedade;
• Ter falhado em alguma dieta maluca anteriormente.

A seguir falarei resumidamente sobre como cada um desses fatores pode levar ao surgimento desse transtorno.

Alterações genéticas

Somos todos um emaranhado de células controladas por nossos genes. Singelas alterações genéticas são capazes de desencadear uma série de condições fisiológicas que afetam diretamente nosso modo de agir.

Embora sejam raras, alterações genéticas específicas são capazes de desencadear a compulsão alimentar em algumas pessoas e alterar de maneira drástica suas relações com o alimento.

Pressão social

Embora muitos neguem, existe sim uma pressão social em torno de um estereótipo de magreza e corpos bem definidos. O problema, é que na tentativa e consequente fracasso de se estabelecer dentro dessa pressão social, o indivíduo acaba descontando na alimentação.

Estresse e ansiedade

Estresse e ansiedade estão cada vez mais presentes na vida de muitas pessoas. Seja por conta das rotinas cada vez mais corridas, ou por causa das pressões no ambiente de trabalho.

Quem desenvolve compulsão alimentar por conta de ansiedade ou estresse relata extrema angustia e dificuldade para conseguir aliviar as tensões. Sem uma válvula de escape adequada, é comum que se exagere na alimentação, como forma de buscar alivio para esses sentimentos.

Ter Falhado em Alguma Dieta Maluca Anteriormente

Infelizmente a busca por emagrecimento não tem limites. De modo frequente surgem novas dietas malucas quase que diariamente, prometendo resultados milagrosos em curtos espaços de tempo.

Dieta da lua, dieta das cores, dieta da sopa e dieta dos pontos são apenas alguns exemplos de planos alimentares malucos e generalistas.

O grande problema dessas dietas é que muitas delas são restritivas. Da mesma forma que muita gente emagrece (e engorda novamente), é grande o número de pessoas que não obtêm êxito nessa questão.

Quem falha ao seguir um plano alimentar maluco segue a seguinte linha de pensamento: ”Já que eu não consegui emagrecer, vou comer tudo o que tenho vontade”. E isso acaba por desencadear a compulsão alimentar.

Diagnóstico

De modo comum, o diagnóstico de compulsão alimentar é feito por dois profissionais: um nutricionista e um psiquiatra.

O nutricionista, através de um recordatório alimentar, é capaz de fazer uma contagem calórica do que o paciente costuma ingerir e comparar com suas necessidades fisiológicas, conseguindo assim determinar quão excessiva é a alimentação desse paciente.

Por outro lado, o psiquiatra leva em consideração os sintomas psicológicos e psiquiátricos do paciente. Sentimentos, histórias e condições são levadas em consideração.

Após consultas com ambos os profissionais, o paciente é enfim diagnosticado com o problema e parte para o tratamento adequado.

Tratando o Distúrbio Alimentar

O tratamento do distúrbio alimentar envolve muitas vezes terapia, medicamentos e consultas nutricionais.

A terapia e o uso de medicamentos visam trazer tranquilidade e amenizar os sentimentos angustiantes sentidos pelos pacientes que foram diagnosticados com o problema de saúde.

De maneira conjunta, consultas com um nutricionista têm como objetivo mostrar ao paciente quais são as necessidades fisiológicas individuais e alterar a relação com o alimento.

Dessa forma, trabalhando com equipe multidisciplinar o tratamento da compulsão alimentar possui alto índice de sucesso e pacientes curados.

Emagrecimento deve Ocorrer de Modo Lento e Gradual

Quem me acompanha, sabe o quanto abomino qualquer tipo de loucura para emagrecer. Um emagrecimento saudável e duradouro ocorre de maneira lenta e gradual, qualquer coisa diferente disso não faz bem à saúde.

Adotar uma alimentação estratégica/inteligente e aliá-la a prática de uma atividade física que proporcione prazer é a chave para emagrecer de modo saudável, duradouro e sem desencadear distúrbios alimentares.

Dr. Rocha, como então, emagrecer de modo saudável?

Um emagrecimento saudável ocorre quando:

• Se deixa de ingerir alimentos ricos em carboidratos;
• Consome-se vegetais verdes folhosos de modo constante;
• Adiciona-se ao dia a dia alimentos ricos em proteínas e gorduras de qualidade.

Alimentos ricos em carboidratos contribuem para elevar os níveis de glicose no sangue que diretamente favorece o acúmulo de gordura corporal e ganho de peso. Por isso é importante evita-los.

Vegetais verdes folhosos promovem saciedade, regulam o intestino e possuem altas doses de vitaminas e minerais – responsáveis por micro e grandes reações de equilíbrio em todo o organismo.

Alimentos ricos em proteínas promovem manutenção de tecidos corporais e gorduras de qualidade, fornecem energia limpa para que enfrentemos nossa rotina diária.

Ao aliar essas práticas alimentares com atividades físicas (hidroginástica) frequentes o resultado é apenas um só: emagrecimento saudável, duradouro e longe de qualquer tipo de distúrbio alimentar.

Faça boas escolhas, adote hábitos inteligentes e colha todos os benefícios disso.

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Eu vou ficando por aqui.

Me despeço desejando amor, sorte, paz e felicidade.

Grande abraço e até breve.

Dr. Rocha